Este
processo de desconstrução do EGO, iniciado em 1968 durou até o
início de 2015. Sem perder o foco-objetivo de “tirar tudo a
limpo”, dediquei-me por longos espaços deste período a vida comum
e, a desenvolver habilidades e talentos que me permitissem
sobreviver, já que minha determinação mantinha vívidas, à flor da
pele, minhas dores e determinante, minha incapacidade de me ajustar,
aceitar e usufruir das benesses sociais, que poderia obter, sendo
dócil.
Embora
me exigido a máscara do normal, a marginalidade era o refúgio
constante. Não haviam palavras-pontes que me conduzissem a alguma
mínima integração social que pudesse proporcionar, ao menos
temporariamente, à sensação relaxante de “volta ao lar”. O
degredo era permanente. Não havia lar. Todos eram impreterivelmente
cúmplices do inimigo, quando não sócios. O que não deixa de ser
verdade, pois a sociedade em sua esmagadora maioria adota os valores
romanos, quando dissimuladamente coloca o dinheiro acima de tudo e de
todos, ou quando privilegia o prazer individual, antes das
necessidades dos outros. O EGO, naturalmente é sempre egocêntrico.
Mas para não prejudicar sua imagem ante a sociedade, adota como
valores-bandeira “virtudes religiosistas”. Só mesmo um EGO,
acreditaria que existem “EGOs bonzinhos”!
O
grande impulso para finalizar este processo de despertar, me resolvi
a dar em 2007. De lá para cá o processo de auto-desmascaramento
ganhou velocidade e ocupou espaço primordial de vida. De 2010 à
meados de 2013, envolvido em um projeto cultural através de uma ONG,
reduzi a velocidade, retomando com toda força e decidindo encerrar
cabalmente o processo, a partir de novembro de 2013. Desde então
tudo desmoronou no aspecto de ser “bem sucedido socialmente”. As
impotências econômicas ocuparam todos os espaço da mente e fizeram
esvair todas as minhas energias. O fracasso econômico se instaurou
por completo. O medo que minha auto-imagem fosse decapitada por este
julgamento, atingiu seu pico máximo. O medo só começou a ruir
quando consegui assumir ser o fracassado econômico e aceitar ficar sem
nenhum dinheiro. O estarrecedor é descobrir que aquele poderoso medo paralisante e sufocante, não era de algo real, mas sim de ferir ou destruir minha auto-imagem. IMAGEM!!!
No
filme 2001 UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO, ficção científica de Stanley
Kubrick criada em 1968, o personagem Hall, uma inteligência
artificial, tenta assumir o comando de uma nave espacial em missão
para Júpiter, donde partiu um sinal de “vida inteligente” no
universo. Hall decidiu matar a tripulação da nave e assumir seu
comando, porque julgou-se de superior competência e propriedade para
comandar a missão. Ou seja resolveu tornar-se “O” DONO,
representante da vida na terra. Porém o astronauta Dave sobreviveu à
tentativa de assassinato, entrou no compartimento de “memorias”
do computador e as desligou. Hall implorou para que Dave não o
fizesse. Fez chantagem emocional e até cantou para Dave uma
musiquinha de infância que os dois haviam partilhado, nos seus
momentos iniciais de vida (configuração). Ôh vida triste e sofrida
do coitadinho!!! Parecia o meu EGO, me ameaçando com a romana
condenação eterna, me matar de fome como prometia minha tia, me
massacrar com uma gigantesca auto-piedade, se apegando
desesperadamente à sua única fonte-referência de poder externo que tinha, o dinheiro. Ôh
vida triste e sofrida do coitadinho!!!
VOCÊ
não é suas memórias! Elas vão morrer e você irá morrer com
elas, definitivamente, se não despertar a auto-consciência do seu
SER antes deste FATO ocorrer! Não tem negócio com a morte. Não tem
argumento ou apelação. Nenhum truque. Nenhuma ilusão, mentira,
crença, invenção consegue apagar da sua consciência que este FATO
vai ocorrer. Pode se entorpecer com prazeres que nublem completamente
a consciência, mas ela redesperta e quando volta à tona, você sabe
que vai morrer.
Viver
é usufruir de pequenas grandes alegrias. O melhor de tudo é sempre
de graça, simples. Para ficar rico o suficiente para ter direito a
este paraíso, é preciso deixar de sobreviver com MEDO e passar a
VIVER SEM ELE!
É
o que espero poder ajudar você a fazer a partir deste pequeno
trabalho de empoderamento.
PODER
REAL É VIVER SEM MEDO!
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